Simples e Prático!


Desafio do Seminarista
19/07/11

Hoje o strogonoff de carne que eu fiz estava ótimo! Aliás, é o meu prato preferido! Eu, que comia quase todos os dias em restaurante, tô me sentindo até mais leve e satisfeito esta semana. Preparar minhas refeições está sendo menos cansativo do que imaginava. Talvez seja porque tenho tido prazer nisso! Sim, sem dúvida é isso! Aliás, um parênteses sem parênteses: por isso que é importante que redescubramos sempre o prazer na presença de Deus e na Sua Palavra - do contrário, não vamos orar e nem ler a Bíblia todos os dias!

Agora, se tem uma coisa que me dá muito prazer, é estar com meus amigos! É bom demais! E eu, que nesta semana acabei me isolando de certa forma por estar sem celular e sem acesso à internet, fiquei muito feliz hoje ao encontrar por acaso alguns dos meus amigos, dentre eles os queridos Junior e Dudu. Fiquei feliz mesmo. São momentos simples assim que fazem a diferença - muito mais do que nossos corriqueiros "encontros" através de uma tela de computador. Por mais redundante que seja, a simplicidade não é complicada, mas simples mesmo. Ela começa dentro de nós e desemboca na nossa experiência.

"Se recebemos o que temos como um dom, se o que temos recebe o cuidado de Deus e se o que temos está disponível aos outros, então seremos livres da ansiedade. Esta é a realidade interior da simplicidade."

A citação acima eu tirei do excelente livro "Celebração da Disciplina" do Richard Foster. Nele, o autor demonstra como é possível viver a disciplina espiritual da simplicidade. Não é mais um manual de autoajuda que te ensinará os "oito passos para uma vida simples de sucesso". Até porque a busca por sucesso, como o entendemos hoje, faz os homens lançarem a simplicidade num calabouço, trancarem com fechadura eletrônica e depois lançarem a senha fora.

A simplicidade, segundo Foster, necessariamente deve ter implicações interiores e exteriores. Interiores para que a nossa prática não caia em mero legalismo ou num ascetismo (que é o desprezo pelo que é material). A simplicidade está longe disso! Antes, ela faz com que coloquemos cada coisa no seu devido lugar e, no centro de tudo, o Reino de Deus. Agora, isso tem implicações exteriores! Do contrário, seria mera teoria bonitinha mas que não transforma nossa vida, nossas relações, que não nos liberta dos vícios tecnológicos, do sistema como um todo, do consumismo desenfreado.

Como já disse, não acho errado fazer uso da tecnologia, não acho que devemos reproduzir os padrões de vida de nossos avós (padrão este que também teve seus vícios e problemas) ou ir viver na selva. Isso seriam tentativas vazias em direção à simplicidade. O desafio a que estou me submetendo também não é sinönimo de uma vida simples perfeita. E não porque eu não abri mão de usar óculos ou porque não estou dormindo numa esteira no chão. Mas porque a simplicidade está no desapego às coisas e não em abrir mão de tudo. Porém, é verdade que, quanto mais praticarmos essa disciplina, menos reféns do consumismo seremos, não vamos morrer porque a bateria do smartphone acabou e nem deixar de adorar porque o ar-condicionado da igreja pifou.

Confira amanhã o quarto dia do Desafio do Seminarista!

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