"O que você acha de falar sobre jejum e sobre orar em línguas? Quero saber a sua opinião a respeito!" (K. F., Ipatinga/MG)
Boas questões! Não vou fazer um tratado sobre estes assuntos, mas compartilhar em linhas gerais o que penso sobre eles.
Eu acredito que jejum é só de alimentos, podendo ser total ou parcial. Mas acredito também que você pode fazer um voto com Deus de ficar sem algo de que gosta muito: como Facebook, TV, chocolate (que, embora sendo alimento, por ser um ítem só particularmente não considero jejum), etc.
E, seja jejum propriamente dito ou um voto com Deus, a questão central pra mim não é o ato em si, como se fosse uma fórmula mágica para obtermos coisas que queremos de Deus, ou como se fosse uma moeda para barganharmos com Ele. Mas sim a de estarmos, através da carência de algo de que sentimos falta, mais sensíveis à voz de Deus. O propósito pra mim não é "mover a mão de Deus". Quem somos nós para isso?! Mas estarmos conectados com Ele de uma forma especial, abertos ao que Ele quer nos mostrar em tempos de decisões, "prontos" para sermos usados pelo Espírito quando nos sentirmos inseguros, e fortalecidos em tempos de guerra ou fraqueza espiritual. Pra mim jejum é isso.
Acredito que jejum sem oração não é jejum. Não que tenhamos que ficar em casa orando durante o tempo todo do jejum. Vamos trabalhar, estudar, ir ao banco, nos relacionar com as pessoas, mas com o coração Nele, separando alguns momentos de qualidade para falar com Ele.
2. Orar em línguas
Eu vivi a experiência de falar em línguas estranhas pela primeira vez quando tinha 10 anos de idade. Eu pertencia a uma igreja de doutrina pentecostal e, como a maioria ali, desejava viver isso. Mas não era para me sentir "incluído" que buscava tal experiência, mas porque desde novo temia a Deus e desejava conhecê-lo melhor. Algumas vezes tentei repetir palavras em português a fim de "pegar no tranco" uma hora. Haha. Mas não seria desse jeito. Foi num culto em que nem estava pensando nisso que aconteceu. Eu estava orando pela minha família e, quando percebi, estava falando palavras que não conhecia. Na hora nem consegui discernir com clareza o que estava acontecendo, mas a vontade de falar aquelas palavras era enorme - e eu estava sentindo muito forte a presença de Deus. Quando acabei de orar, uma senhora que estava ao meu lado me disse: "Parabéns, meu filho! Você foi batizado com o Espírito Santo!". Aí caiu a ficha.
Sobre essa questão do batismo no Espírito. Há mais de uma década eu pertenço a uma igreja de doutrina reformada, mas que crê na contemporaneidade do dom de línguas. Não vejo argumento bíblico claro contra isso. Contudo, também não vejo mais o recebimento do dom de línguas como uma "segunda bênção" que todos devem buscar ou, ainda que buscando, todos irão receber. Pra mim o batismo no Espírito Santo é o recebimento do selo do Espírito quando nos convertemos. É o mesmo evento, todos os regenerados o recebem. Agora, a partir daí alguns vão receber um ou outro dom do Espírito conforme Sua vontade para a vida da pessoa. Vale dizer que o dom de línguas não torna ninguém mais espiritual do que outro. Mas seu propósito é a edificação da própria pessoa, já disse o apóstolo Paulo. Por isso não costumo falar em línguas em voz alta na igreja. Não faz sentido a não ser que haja alguém com dom de interpretação - mas como isso não é comum, fica entre eu e Deus mesmo. Outra coisa é que ninguém fica fora de si enquanto fala. Eu posso parar quando achar que é melhor, ainda que com vontade de continuar a falar. Em todo tempo tenho total consciência de que estou falando e, se falo, não é porque "fui obrigado", não, mas porque sinto uma vontade absurda de falar essas palavras e compreendo de que se trata de uma oração.
Eu amo exercitar esse dom, nunca deixei de fazê-lo. Não tenho opinião formada ainda se são línguas de outros povos ou de anjos, ou se podem ser quaisquer destas. Mas já soube de gente que falou inglês fluentemente sem nunca ter frequentado uma aula. Seja como for, creio que Paulo trata delas como um dos dons do Espírito e as percebo em minha experiência pessoal com tranquilidade. Talvez nem todos que dizem falar em outras línguas de fato estejam experimentando um dom espiritual. Talvez haja alguns sugestionados, repetindo o que já cansaram de ouvir. Talvez haja outros que o façam por imitação de demônios. Mas não ouso julgar. Talvez o fruto do Espírito na vida do sujeito (alegria, fé, paz, paciência, bondade, amor etc) possa atestar o dom que acreditam "possuir".
Eu penso que você pode buscar esse dom, insistir nisso, mas não deve fazê-lo como um fim em si mesmo. Você pode pedir a Deus e buscar momentos de qualidade em Sua presença. Nesses momentos o foco não será o recebimento de um dom, mas intimidade com Deus. O maior presente para você é o próprio Deus - e não algo que possa receber Dele. Entendeu? Quando receber, será naturalmente. E, se não receber, não fique triste: certamente Ele tem um outro dom melhor (ou outros dons melhores) para você. Deus dá dons a cada um conforme Sua sabedoria. Paulo diz que o dom de línguas é o menor dos dons. Existem outros que servem melhor às pessoas ao seu redor. Você pode buscá-lo, e eu até incentivo isso, mas esteja aberto para Ele te conduzir a pedir e receber o que Ele tem pra você! Amém? Deus abençoe nossa leitora que perguntou e cada leitor do blog!
E, seja jejum propriamente dito ou um voto com Deus, a questão central pra mim não é o ato em si, como se fosse uma fórmula mágica para obtermos coisas que queremos de Deus, ou como se fosse uma moeda para barganharmos com Ele. Mas sim a de estarmos, através da carência de algo de que sentimos falta, mais sensíveis à voz de Deus. O propósito pra mim não é "mover a mão de Deus". Quem somos nós para isso?! Mas estarmos conectados com Ele de uma forma especial, abertos ao que Ele quer nos mostrar em tempos de decisões, "prontos" para sermos usados pelo Espírito quando nos sentirmos inseguros, e fortalecidos em tempos de guerra ou fraqueza espiritual. Pra mim jejum é isso.
Acredito que jejum sem oração não é jejum. Não que tenhamos que ficar em casa orando durante o tempo todo do jejum. Vamos trabalhar, estudar, ir ao banco, nos relacionar com as pessoas, mas com o coração Nele, separando alguns momentos de qualidade para falar com Ele.
2. Orar em línguas
Eu vivi a experiência de falar em línguas estranhas pela primeira vez quando tinha 10 anos de idade. Eu pertencia a uma igreja de doutrina pentecostal e, como a maioria ali, desejava viver isso. Mas não era para me sentir "incluído" que buscava tal experiência, mas porque desde novo temia a Deus e desejava conhecê-lo melhor. Algumas vezes tentei repetir palavras em português a fim de "pegar no tranco" uma hora. Haha. Mas não seria desse jeito. Foi num culto em que nem estava pensando nisso que aconteceu. Eu estava orando pela minha família e, quando percebi, estava falando palavras que não conhecia. Na hora nem consegui discernir com clareza o que estava acontecendo, mas a vontade de falar aquelas palavras era enorme - e eu estava sentindo muito forte a presença de Deus. Quando acabei de orar, uma senhora que estava ao meu lado me disse: "Parabéns, meu filho! Você foi batizado com o Espírito Santo!". Aí caiu a ficha.
Sobre essa questão do batismo no Espírito. Há mais de uma década eu pertenço a uma igreja de doutrina reformada, mas que crê na contemporaneidade do dom de línguas. Não vejo argumento bíblico claro contra isso. Contudo, também não vejo mais o recebimento do dom de línguas como uma "segunda bênção" que todos devem buscar ou, ainda que buscando, todos irão receber. Pra mim o batismo no Espírito Santo é o recebimento do selo do Espírito quando nos convertemos. É o mesmo evento, todos os regenerados o recebem. Agora, a partir daí alguns vão receber um ou outro dom do Espírito conforme Sua vontade para a vida da pessoa. Vale dizer que o dom de línguas não torna ninguém mais espiritual do que outro. Mas seu propósito é a edificação da própria pessoa, já disse o apóstolo Paulo. Por isso não costumo falar em línguas em voz alta na igreja. Não faz sentido a não ser que haja alguém com dom de interpretação - mas como isso não é comum, fica entre eu e Deus mesmo. Outra coisa é que ninguém fica fora de si enquanto fala. Eu posso parar quando achar que é melhor, ainda que com vontade de continuar a falar. Em todo tempo tenho total consciência de que estou falando e, se falo, não é porque "fui obrigado", não, mas porque sinto uma vontade absurda de falar essas palavras e compreendo de que se trata de uma oração.
Eu amo exercitar esse dom, nunca deixei de fazê-lo. Não tenho opinião formada ainda se são línguas de outros povos ou de anjos, ou se podem ser quaisquer destas. Mas já soube de gente que falou inglês fluentemente sem nunca ter frequentado uma aula. Seja como for, creio que Paulo trata delas como um dos dons do Espírito e as percebo em minha experiência pessoal com tranquilidade. Talvez nem todos que dizem falar em outras línguas de fato estejam experimentando um dom espiritual. Talvez haja alguns sugestionados, repetindo o que já cansaram de ouvir. Talvez haja outros que o façam por imitação de demônios. Mas não ouso julgar. Talvez o fruto do Espírito na vida do sujeito (alegria, fé, paz, paciência, bondade, amor etc) possa atestar o dom que acreditam "possuir".
Eu penso que você pode buscar esse dom, insistir nisso, mas não deve fazê-lo como um fim em si mesmo. Você pode pedir a Deus e buscar momentos de qualidade em Sua presença. Nesses momentos o foco não será o recebimento de um dom, mas intimidade com Deus. O maior presente para você é o próprio Deus - e não algo que possa receber Dele. Entendeu? Quando receber, será naturalmente. E, se não receber, não fique triste: certamente Ele tem um outro dom melhor (ou outros dons melhores) para você. Deus dá dons a cada um conforme Sua sabedoria. Paulo diz que o dom de línguas é o menor dos dons. Existem outros que servem melhor às pessoas ao seu redor. Você pode buscá-lo, e eu até incentivo isso, mas esteja aberto para Ele te conduzir a pedir e receber o que Ele tem pra você! Amém? Deus abençoe nossa leitora que perguntou e cada leitor do blog!
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