Eu sou o mais velho de 7 irmãos - ou 9, contando com minhas irmãs do coração, sendo que uma destas é mais velha. Nem todos são irmãos entre si. É um irmão por parte de pai e mãe, alguns por parte só de mãe e alguns por parte só de pai. E tenho também amigos que são "mais chegados que um irmão" (Pv 18.24). E na igreja tenho muitos irmãos em Cristo! Mas, afinal de contas, isso importa? Importa sim. Não pela quantidade, nem pelo parentesco propriamente, mas pelo vínculo que se cria, pelo mistério de sentarmos juntos à mesa da vida e celebrarmos nossa unidade.
Uma das coisas mais tristes que existe é ver irmãos que não se falam - sejam naturais ou irmãos de fé. Já foram amigos um dia, já riram muito juntos, já se aconselharam mutuamente, já trocaram olhares que denunciavam o pensamento em comum. Porém algo tomou o lugar dessas coisas: o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a falta de empatia, e por aí vai. E muitos irmãos até hoje repetem a cena trágica de Caim e Abel. E as armas geralmente são palavras que ferem mortalmente, marcando alguém pra sempre.
Não seja o tipo de irmão que se comporta como um inimigo ou como um desconhecido. Ainda que o outro tenha falhado, ou você discorde ou não tenha tanta afinidade em alguns aspectos, não é isso que um cristão deve fazer. A vontade de Deus é que "os irmãos vivam em união" (Sl 133.1). A continuação desse salmo diz que nesse contexto é que "o Senhor concede a bênção da vida para sempre" (Sl 133.3b). Deus nos chamou à paz e à comunhão uns com os outros - comece (e recomece) você isso! Seja um conciliador, se aproxime, mostre Deus através de suas atitudes! Jacó viu Deus através da face misericordiosa de seu irmão Esaú, que tinha motivos para se vingar mas não levou isso em conta. Nosso irmão mais velho, Jesus, nos amou e perdoou, mesmo nós não merecendo. E você, o que está esperando para viver isso?
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