É Permitido Amar?

"Então ele disse ao homem: “Estenda a mão”. Ele a estendeu, e ela foi restaurada, e ficou boa como a outra. Então os fariseus saíram e começaram a conspirar sobre como poderiam matar Jesus." (Mateus 12.13‭-‬14)

Muitas vezes a religião nos impede de enxergar Jesus e também os milagres que Ele realiza. É claro que precisamos congregar como igreja, isso é importantíssimo, mas não é suficiente para que vivamos de forma a agradar a Deus. A passagem acima mostra isso.

Os fariseus eram um grupo religioso da época de Jesus. Tinham um zelo grande pela Lei deixada por Moisés. Procuravam, pelo menos exteriormente, demonstrar esse zelo. E é exatamente este o problema: a religiosidade era mais aparente do que real. Cumpriam apenas parte da lei - aquela conveniente a fim de serem vistos pelos homens e elogiados.

Jesus disse que deveríamos amar ao próximo como a nós mesmos. Isso significa ir ao encontro, acolher, crer junto, ouvir, tolerar, falar a verdade, apontar para a Verdade, abraçar, compreender, ajudar, sonhar junto, levantar, repartir, exortar em amor, suportar nos dias difíceis, perdoar. Jesus praticava o que pregava - diferentemente dos fariseus - e incomodava por isso.

Então Ele foi ao encontro daquele homem com a mão atrofiada e o curou. Por isso foi elogiado pelos fariseus? Não. Foi reconhecido como o Cristo pelos fariseus? Também não. Foi o que então? Odiado. Cumprir a lei cerimonial da guarda do sábado era mais importante para eles do que cumprir a lei moral do amor. Ainda que o desejo fosse agradarem a Deus, estavam ali na frente do próprio Deus encarnado, sem O reconhecer, buscando Sua morte!

Uma religiosidade sem Cristo faz isso: coloca nosso desejo de autojustificação acima da sensibilidade para reconhecer o que Deus faz no mundo, acima do próximo, acima da Palavra na sua integralidade. Em vez de celebrarmos a vida, celebramos a morte. Em vez de limparmos a ferida, deixamos padecer à margem. Em vez de amarmos, crucificamos Jesus.

Comentários