Justiça

“Não cometam injustiça num julgamento; não favoreçam os pobres nem procurem agradar os grandes, mas julguem o seu próximo com justiça." (Levítico 19.15)

Quantos não pensam que fazer justiça é fazer mais pelos menos favorecidos? E se estes estiverem errados? E se agiram de má-fé em determinada situação? E se estão equivocados quanto ao seu direito? A condição pobre por si só deve despertar nossa compaixão, até por entendermos que se trata de um hipossuficiente, alguém que dispõe de menos recursos e, a priori, teve menos oportunidades na vida. Contudo, essa condição não pode ser colocada acima da verdade, acima do direito.

Feita a correta observação acima, sejamos agora realistas: na maior parte das vezes o que vemos são os grandes e poderosos sendo privilegiados em detrimento ao direito do pobre, do negro, do incapaz juridicamente falando, dos marginalizados de forma geral. Muitos se valem do seu dinheiro e influência para corromper ainda mais o sistema já corrompido, para manipular a máquina e obter vantagens indevidas. Não pagam os direitos trabalhistas, empurram contratos com cláusulas abusivas aos necessitados, exploram os que têm menos instrução e, portanto, menos condição de fazer valer seus direitos. E isso, infelizmente, acontece todos os dias.

Cabe a um verdadeiro cristão, exercendo alguma função jurisdicional, ou ainda nas suas próprias relações trabalhistas, comerciais e sociais, agir com boa fé e buscar justiça. Não oprimir o pobre, mas ajudá-lo dentro de suas possibilidades, honrar seus direitos. Assim como honrar o direito do bom empregador, do empresário ético e que age dentro da lei. Em tudo, não querer ser mais justo que a Justiça. Não ser parcial, ainda que com as melhores das intenções. Fazer o que é correto. Saber que fazendo assim honrará a Deus e estará ajudando o seu próximo a crescer e progredir.

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