Pai Nosso

"Vocês, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém." (Mateus 6.9‭-‬13)

Há muitos anos um grande amigo e irmão na fé, que era meu discipulador na igreja, me disse: "Leandro, quem sabe Deus não quer te levar a um novo nível de compreensão da paternidade Dele por você? Ele quer de fato que você O sinta como um pai real. Tente se apegar a Ele dessa forma". Eu estava passando por um momento difícil e nunca mais me esqueci daquilo. Eu não tive um pai presente. Mas certamente Deus poderia ser esse pai presente e sábio de que tanto precisava.

Os religiosos da época de Jesus não tinham o costume de chamar Deus de Pai. Por isso, quando Cristo ensina a orar, Suas palavras geram uma revolução: servimos a um Deus que é pai! Não apenas Criador e Rei do Universo, mas um pai, alguém muito próximo. Aleluia! Como tal, Ele nos ouve, acolhe, consola, instrui... Ele nos ama! E é exatamente isso que nos transforma: Seu amor! Este nos realinha com nós mesmos, com nossos irmãos e com a vida.

Não é à toa que a oração modelo ensinada por Jesus começa com "Pai nosso". Precisamos desse referencial, dessa figura que gera ordem no nosso psiquismo, precisamos nos sentir amados numa família - ainda que por diversos motivos não admitamos isso. Dizer que é 'nosso' e não apenas 'meu' me ensina que uma espiritualidade que diz respeito só a mim não pode ser sadia. A verdadeira espiritualidade sempre vai me levar ao encontro do outro. E glória a Deus por isso! Começando assim, o resto da nossa oração e da nossa vida ganharão sentido e direção. Que assim seja comigo e com você! Amém.

Comentários