Teologia da Prosperidade

"Melhor é o pobre íntegro em sua conduta do que o rico perverso em seus caminhos." (Provérbios 28.6)

Muitos cristãos são instruídos equivocadamente por aí, aprendendo que a vida com Deus consiste numa relação baseada numa espécie de escambo ou investimento financeiro: quanto mais você dá, mais recebe; se você oferta, Deus é obrigado a te prosperar financeiramente; ser abençoado é ser rico em bens materiais. Só que a Bíblia não ensina isso.

Mesmo considerando que muitas promessas feitas por Deus à nação de Israel, como vemos nas páginas do Antigo Testamento, tenham sido relativas a posses de terras e bens materiais, ainda assim não podemos afirmar que estas são promessas universais. Deus tinha planos específicos para com aquele povo, e por isso tratam-se de promessas específicas. Não podemos simplesmente tirá-las de seu contexto e aplicá-las ao nosso.

Contudo, embasados biblicamente, sabemos que Deus cuida dos Seus? Sim. Sabemos que Ele se importa conosco, mesmo com as menores das necessidades? Sim também! Cremos que, se Ele quiser, Ele pode prosperar um crente financeiramente? Com certeza. Porém Ele não é obrigado a nada. Mais do que atender nossas ambições materialistas e, na maior parte das vezes, egoístas, Ele se preocupa com nosso caráter, nossa integridade moral, nossa inteireza espiritual, nossa missão. Seus planos são mais elevados do que os nossos.

Como o texto em questão diz, Ele prefere que tenhamos pouco mas com integridade do que muito e vendidos ao mundo. E não há dicotomia nenhuma aí. Acredito que muitos podem ter muito em posses e também em caráter e integridade diante Dele. Enquanto tem gente que não tem nada - tanto de bens quanto de caráter. Não existe regra. O problema é quando vamos atrás da Teologia da Prosperidade e confundimos Deus com um gênio da lâmpada. Achamos que Ele existe para conceder nossos caprichos. Quem pensa assim está extremamente enganado e servindo a Mamom.

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