Quase ninguém tem paciência para ler as genealogias da Bíblia, porém nada do que foi registrado o foi em vão. E a genealogia de Jesus possui peculiaridades que fizeram valer a pena esse comentário.
Se o mundo hoje ainda percebe uma cultura machista, imagine na época de Jesus! O costume até então era só registrar os homens principais na genealogia de uma pessoa. As mulheres não tinham destaque, sendo vistas muitas vezes como uma propriedade do marido. E mesmo os homens só eram registrados se considerados importantes.
Contudo vemos alguns nomes interessantes nesta genealogia: Tamar (a jovem violentada), Raabe (a prostituta), Rute (a estrangeira), a mulher de Urias (chamada Bate-Seba, que foi tomada pecaminosamente por Davi) e seu ex-marido Urias (o traído que, colocado propositalmente à frente da batalha, morreu), além de Maria (uma simples camponesa). Por que estes e não apenas os grandes homens da história de Israel? Pois Deus usa as coisas "loucas" desse mundo para confundir as "sábias" - e Jesus veio salvar muitos que o mundo rejeita.
A religião delimita quem são os bons, quem são os dignos de honra, quem merece um lugar no Céu. Porém o Cristianismo verdadeiro ensina que Deus escolheu as coisas que "não são" para confundir as que acham que são. Ele determinou que a salvação não é recebida por mérito de pecadores, o que todos somos, mas unicamente pela fé nos méritos de Jesus, O Justo. E assim Ele abate a arrogância humana. Jesus poderia ter nascido em berço real, mas nasceu numa manjedoura, dentro de um estábulo. Ele dá honra a quem Ele quer e não a quem a si mesmo se exalta. Como precisamos aprender do Evangelho, não?
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