Amor Que Alimenta


"Estando Jesus em casa, foram comer com ele e seus discípulos muitos publicanos e pecadores. Vendo isso, os fariseus perguntaram aos discípulos dele: 'Por que o mestre de vocês come com publicanos e pecadores?'. Ouvindo isso, Jesus disse: 'Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores'." (Mateus 9.10‭-‬13)

Um dos principais sinais de frieza espiritual - seja esta a fraqueza momentânea de um regenerado ou a condição de alguém que simplesmente está morto espiritualmente - é a falta de amor. Pois qual a evidência de que realmente amamos a Deus se não demonstramos isso amando nosso semelhante? Como esperamos que as pessoas conheçam a Deus se as tratamos com indiferença ou acepção?

Jesus amava - por isso tinha e continuava a fazer discípulos. Aonde ia levava a Sua graça. Olhava de uma forma diferente: não via o paralítico, o cego, a prostituta, o ladrão... Ele via pessoas! E quem não gosta de ser percebido? Ainda mais se tratando de pessoas que estavam à margem da sociedade. Elas clamavam para serem vistas!

Certa vez dei aula na Escola Bíblica Dominical em minha igreja sobre o tema "A Missão da Igreja e os Marginalizados". O simples fato de eu ter parado para pensar e estudar sobre o tema, aliado, claro, a antigas e breves reflexões cotidianas, me fez perceber o quanto sou omisso às vezes no amor ao próximo! Percebi que ser igreja não é apenas congregar os iguais, mas principalmente abraçar os diferentes, os que se sentem rejeitados. Se a igreja não fizer isso quem fará? A verdade é que muitos têm feito e, por isso, são mais creditados do que os crentes.

Não estou dizendo que acolher significa falar o que as pessoas esperam ouvir. Mas significa olhar com compaixão, ouvir de verdade, caminhar junto e ajudar no que for possível - sabendo que o Espírito Santo fará o impossível. Jesus acolhia as pessoas, sentava à mesa com elas. Eu fico a imaginar Ele sorrindo com os olhos e dividindo o pão. Às vezes rindo do suco derramado sobre a mesa. Mostrando quem Ele é de forma tão simples e natural. Então fica a pergunta: por que não dividimos o Pão da Vida com quem tem fome? Quem tem fome Dele tem pressa.

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